Toda a matéria é constituída por uma imensa quantidade de partículas, que são os átomos. Estes, apesar das suas reduzidas dimensões, são, por sua vez, constituídos por outras partículas: os protões, os neutrões e os electrões.
Constituição de um átomo | |
Órbita Electrão – Partícula com carga eléctrica elementar negativa (-) Protão – Partícula com carga eléctrica elementar positiva (+) Neutrão – Partícula electricamente neutra |
Numa zona central do átomo, chamada núcleo, agrupam-se os protões e os neutrões. À volta do núcleo, em várias órbitas e com grande velocidade, movem-se os electrões.
Num átomo, o número de protões é igual ao número de electrões, pelo que este é neutro do ponto de vista eléctrico.
Como as cargas eléctricas de sinal contrário (+ e -) são atraídas umas para as outras, os electrões giram à volta do núcleo sem deixarem as suas órbitas, por motivo dessa força de atracção.
Os electrões das órbitas mais afastadas do núcleo são os menos atraídos por este, uma vez que a força de atracção é inversamente proporcional à distância. Por acções exteriores ao átomo, seja por aquecimento, por fricção, através de reacções químicas ou outras acções, estes electrões das órbitas exteriores podem saltar delas e ser captados por outros átomos, podendo assim movimentar-se entre os diversos átomos que compõem uma substância. Nestas circunstâncias, os electrões que saltaram da sua órbita são designados por electrões livres.
Se um átomo neutro perde um electrão, passa a haver predominância de cargas positivas, passando a denominar-se ião positivo. No átomo que capta um electrão de outro átomo, passam a predominar as cargas negativas, designando-se então por ião negativo.
Podemos, assim, ter corpos constituídos por átomos carregados positivamente e corpos constituídos por átomos carregados negativamente.
Conforme um corpo está mais ou menos carregado, positivamente ou negativamente, assim dizemos que o corpo está a um potencial maior ou menor. E se dois corpos têm potenciais diferentes, dizemos que entre eles há uma diferença de potencial.
Sempre que dois corpos, a potenciais diferentes, são unidos por um fio condutor da corrente eléctrica, nesse fio surgirá um fluxo de electrões. O sentido do deslocamento será do corpo com um nível superior de electrões para o corpo com um nível inferior de electrões.
Ao deslocamento ordenado de electrões, entre dois corpos ou entre dois pontos, chamamos corrente eléctrica.
A circulação de electrões entre dois corpos ocasionalmente a potencial diferente, durará apenas o instante necessário ao reequilibrar do potencial entre os dois corpos. Logo que os dois corpos estejam ao mesmo potencial, a corrente eléctrica cessa.
Para que a corrente eléctrica possa circular ininterruptamente num circuito, é necessário que exista no circuito uma máquina, capaz de fazer o bombeamento constante dos electrões. Essa máquina é designada por gerador eléctrico.
O gerador eléctrico pode lançar os electrões no circuito sempre no mesmo sentido ou, alternadamente, em ambos os sentidos.
No primeiro caso, em que os electrões têm sempre o mesmo sentido de circulação, os geradores dizem-se de corrente contínua. É o caso dos geradores químicos (pilhas e baterias de acumuladores) e dos dínamos.
No segundo caso, em que os electrões mudam constantemente de sentido, com uma dada frequência, os geradores dizem-se de corrente alternada. Os alternadores são geradores de corrente alternada.