EXEMPLOS

EXEMPLO 1 – ANEL DE CENTRAGEMExemplifiquemos com a construção de um anel de centragem para ser montado num molde. O desenho desse anel apresenta, por exemplo, um diâmetro de 90 mm.

Figura 1 Anel de centragem Figura 2 Anel de centragem colocado na chapa do molde

Estamos perante uma cota, que define uma medida teórica de referência para o bom funcionamento do anel de centragem no molde e que é englobada no que se chama cotagem funcional. A essa medida de referência chama-se cota nominal (CN), que neste caso é:

CN = 90mm

Quando da execução do anel de centragem, a medida obtida irá depender de vários factores, como se viu anteriormente. Isto é, a cota real ou efectiva (dimensão que se obtém medindo a peça) pode não coincidir com a cota nominal, mas estar englobada na cotagem funcional, logo, aceite.

Temos assim que impor limites para a cota real dentro das quais a peça é aceite. Ao limite mínimo da cota chama-se cota mínima (Cmín) e ao limite máximo da cota chama-se cota máxima (Cmáx)

Admitindo-se que o anel se posiciona em perfeitas condições, se o diâmetro tiver uma dimensão compreendida entre 89,9mm e 90mm, teremos:

Cmín = 89,9mm e Cmáx = 90,0mm

Ao fabricar o anel, procura-se que o seu diâmetro fique, realmente, com a dimensão menor que 90 mm e maior que 89,9 mm, sem a preocupação de se obter qualquer diâmetro fixo. Poderá ficar com a dimensão real de 89,93 mm, 89,95 mm, 90,00 mm ou qualquer outra situada entre as duas dimensões dadas. Se o diâmetro medido fosse 89,80 mm, o anel não poderia ser aceite, uma vez que este valor não está compreendido entre as dimensões limites dadas.

O campo de variação que vai da cota mínima (Cmín) à cota máxima (Cmáx) chama-se tolerância (T):

T = Cmáx – Cmín
T
Tolerância
Cmáx
Cota máxima
Cmín
Cota mínima

No caso do anel iremos ter:

T = 90 – 89,9 = 0,1mm

NOTA: A tolerância só poderá ser verificada se forem utilizados aparelhos de medição compatíveis com as medidas a verificar.

EXEMPLO 2 – GUIA PRINCIPAL

Vejamos um outro exemplo: construção das guias principais para um molde, com Ø 20mm

Figura 3 Guia principal Figura 4 Guias principais no molde

A cota nominal neste caso é

CN = 20mm

Tomemos como condição, que essa guia funcionará em perfeitas condições, se o diâmetro ficar compreendido entre 19,98mm e 19,99mm (com folga dentro de um casquilho de Ø 20mm).

Cmín = 19,98mm e Cmáx = 19,99mm

Ao fabricar a guia, procura-se que ela fique entre 19,98mm e 19,99mm e não com o valor nominal de 20mm, que acarretaria a rejeição da peça.
A tolerância aceite para a guia será:

T = 19,99 – 19,98 = 0,01mm