As ferramentas de CAM (maquinação assistida por computador) assumem hoje um papel preponderante na Indústria de Moldes.
A plena associatividade dos mesmos dá-lhes o poder de captar o seu próprio conhecimento e aplicar o mesmo nas situações mais adequadas, de acordo com a sua experiência. Após a programação das diferentes estratégias de maquinação de uma determinada peça, o utilizador pode modificar qualquer elemento construtivo que imediatamente obtém percursos de maquinação actualizados, sem fazer rigorosamente mais nada.. É através desta inteligência disponível nos sistemas que se pode construir uma biblioteca de estratégias de maquinação, da maneira que pretendermos. Escolher apenas operações guardadas e aplicá-las em peças ou modelos novos, os sistemas adaptam as mesmas rapidamente tornando o processo fácil e produtivo. É desta maneira que a Programação deve ser, nos dias de hoje.
Figura 14 | Acabamento por contorno a Z constante associado ao modelo |
Figura 15 | Actualização automática da maquinação após algumas alterações do modelo |
Tem que haver uma análise de controlo posterior às operações que deram origem aos percursos da ferramenta (mais conhecidos pelos “Toolpaths), de forma a se poder analisar a qualidade dos mesmos ( possíveis interferências da ferramenta com a peça, com os sistemas de fixação da mesma., limitações dos cursos da máquina CNC, etc)”
Figura 16 | Simulação gráfica em formato sólido (imagem real do resultado final da peça após a simulação da estratégia em questão) |
Vou passar a transcrever mais algumas considerações importantes de um sistema CAM:
O Controlador de operação de um sistema CAM põe todas as suas operações de tarefas num local único e de forma simples;
Facilmente cria, edita e verifica os seus Toolpaths, ou copia e altera parâmetros, incorpora, traduz, roda, foca, copia, corta e cola segmentos do seu Toolpath.
Ferramentas usuais e bibliotecas de Materiais do utilizador, onde se calcula automaticamente avanços e velocidades de corte.
Podemos editar facilmente todas as ferramentas usadas.
Uma plena associatividade entre a geometria e Toolpaths deixam-lhe modificar a Geometria ou maquinar com parâmetros diferentes e imediatamente se obtém um Toolpath exacto e actualizado.
Armazenar uma biblioteca de operações usadas geralmente para maquinação automática. Por exemplo, o operador pode definir numa série de furos a roscar onde estão associadas operações como: pontear, furar, chanfrar, etc., simplesmente ao introduzir uma das operações armazenadas.
Figura 17 | Operações de furação completas a partir de operações armazenadas (pré-definidas) |
Podem-se criar rapidamente caminhos de ferramenta, baseando-se em modelos importados ou comuns aos sistemas CAD. Normalmente têm menu amigável e uma estrutura que proporciona um poderoso módulo de desbaste combinado com uma grande variedade de opções de acabamento.
Existem, depois, opções que proporcionam a opção de verificação visual do caminho da ferramenta.
Os dados de superfícies são introduzidos nos CAM na forma de Modelos IGES , VDA. ou outros.
Dados de fresagem são exportados como Pictures ou Dados de Posição de ferramenta com a opção de adicionar instruções como: controle de refrigeração e troca de ferramentas, etc.