TÉCNICAS ESPECÍFICAS DE MAQUINAÇÃO

DESBASTES

As estratégias de desbaste são na sua maioria desenvolvidas a partir de Z ou alturas Z constantes, através da combinação de diferentes opções. Normalmente, as opções que se podem desenvolver em cada plano de desbaste são zig-zag, por contorno e offset. Apresentamos, a seguir, os procedimentos mais importantes de desbaste:

Procedimentos de Desbaste

  • 1. Carregar ficheiro CAD (IGES/VDA ou neutro
  • 2. Definir Bloco com dimensões máximas da peça xyz ou limites a usar.
  • 3. Especificar Ferramenta (diâmetro, tipo, altura, etc).
  • 4. Determinar os pontos de referência e sistemas de aperto da peça.
  • 5. Determinar alturas em Z dos planos de segurança.
  • 6. Determinar dados da Ferramenta em função do material a maquinar.
  • 7. Especificar pequenos parâmetros como: sobre-espessuras, tolerâncias de corte, estratégia de desbaste (zig-zag, espiral, circular, etc), corte a favor ou contra, etc..
  • 8. Gerar caminhos de desbaste.
Figura 20 Estratégia de desbaste em espiral com incrementos Z=1 mm

Posteriormente analisam-se os percursos criados através de opções de simulação gráfica.

Figura 21 Representação sólida da estratégia anterior

Os procedimento básicos para criar estratégias de acabamentos-padrão são mostrados a seguir. Especificam-se as ferramentas e os valores dos avanços a serem usados, assim como no desbaste. Os pontos 2,3,4,5 ,6 e 7, indicados anteriormente, repetem-se.

ACABAMENTO DE CÓPIA

Este tipo de estratégia consta em fazer um varrimento da zona a maquinar segundo um ângulo de inclinação em relação ao eixo X, com um incremento lateral constante.

Figura 22 Varrimento de uma cópia a 45º

ACABAMENTO Z CONSTANTE OU CONTORNO

Esta estratégia tal como o desbaste, consiste em fatiar o modelo em alturas segundo o eixo Z, em valores constantes. Obtêm-se melhores resultados nas partes do modelo que possuem inclinações elevadas, ou paredes verticais.

Figura 23 Estratégia de contorno a Z constante

ACABAMENTO 3D OFFSET

Este tipo de estratégia usa uma fronteira projectando-a sobre as superfícies do modelo e dá uu ofsset a 3 dimensões através da superfície, através de um passo especificado. Devido ao facto de o passo ser constante, esta técnica produz uma maquinação constante ao longo das superficies contornadas e reduz as variações da altura da crista.

Figura 24 Estratégia 3D offset
Figura 25 Representação sólida da figura anterior

ACABAMENTO DE REDUÇÃO DE RAIOS DE CANTOS

Este tipo de estratégia permite efectuar a maquinação de cantos vivos não tangenciais e com raios (fillets). São possiveis três tipos diferentes de percursos nesta estratégia: bitangente, transversal e longitudinal.
A opção bitangente é utilizada para remover material restante de um canto vivo, entre superficies não tangentes. As opções do tipo transversal e longitudinal permitem maquinar cantos da peça com a ferramenta activa, e não dependente da ferramenta anterior.

Figura 26 Opção bitangente
Figura 27 Opção longitudinal

ACABAMENTO ESPIRAL E RADIAL

Esta é a melhor técnica para ser utilizada em modelos de forma circular. Baseia-se na projecção de um caminho em espiral sobre o modelo em causa.

Figura 28 Estratégia radial limitada a uma área quadrada

ACABAMENTO POR PROJECÇÃO

Normalmente, este tipo de estratégia pode servir para se poder efectuar gravações de símbolos ou logotipos sobre superfícies do modelo.

Figura 29
Logotipo a projectar
Figura 30
Maquinação do logotipo projectado sobre a superfície