Os polímeros naturais são utilizados há milénios, alguns dos seus problemas mais antigos ainda hoje continuam em laboração.A borracha natural, também conhecida como caoutchouc já era utilizada pelos Índios sul-americanos para produzir protecções com características impermeáveis.
A borracha foi introduzida na Europa no século XVll, tendo sido pela primeira vez utilizada em França com a finalidade de apagar traços de lápis feitos no papel.
Em 1823 Mackintosh, em Inglaterra, descobriu que a dissolução da borracha em nafta de carvão permitia utilizá-la, após evaporação do solvente, no revestimento de tecidos impermeáveis.
Entre 1820 e 1824, Thomas HancocK desenvolveu um “mastigador de dentes” (rotor cilíndrico com espigões movendo-se no interior de uma cavidade cilíndrica, também com espigões) que permitia reutilizar restos de borracha, tornando-a mais macia, fluida e plástica.
Em 1833, Goodyear, nos Estados Unidos, descobriu a vulcanização da borracha, aquecendo-a com enxofre, o que a tornava menos pegajosa e mais resistente ao impacto a baixas temperaturas.
A partir de 1845, em Inglaterra e nos Estados Unidos surgem inúmeras patentes de equipamentos para produzir peças à base de polímeros naturais como a borracha e a guta percha.
Em 1846 foi apresentada uma patente para a produção de cabos condutores isolados com trans-guta percha, que vieram a ser utilizados em comunicações telegráficas trans-oceânicas.
Entre 1870 e 1872 os irmãos Isaiah e John Hyat patentearam nos Estados Unidos, um material com características inovadoras, o nitrato de celulose plasticizado com cânfora (possivelmente o primeiro termoplástico), e uma máquina para moldar por injecção este material.
Mathew Gray em 1879 apresentou um pedido de patente em Inglaterra da primeira extrusora a parafuso para processamento de polímeros.
Em 1888, no auge da revolução industrial, quando eram já produzidos em série artigos de grande consumo feitos em borracha, celulose ou guta-percha, Dunlop desenvolveu o primeiro pneu comercial insuflável, constituído por um tubo com ar, coberto com um pano e preso a um disco de madeira.
Em 1907, também nos Estados Unidos, Leo Baekeland desenvolveu o primeiro polímero sintético através da condensação do fenol e do formaldeído, a bakelite, polimero termoendurecível que foi comercializado durante muitas décadas.
Entre 1917 e 1930 os químicos Alemães desenvolveram a indústria da borracha sintética, com a polimerização do 2,3 – dimetil-butadieno e posteriormente, da borracha de butadieno estireno.
Em 1924, Herman Staudinger propôs o conceito de um polímero ser constituído por uma cadeia molecular de grandes dimensões, conceito este que demorou quase dez anos a ser completamente aceite e que está na base de toda a ciência e engenharia de polímeros actual, e conduziu à atribuição em 1953 do Prémio Nobel da Química.
Em 1927 foram produzidos o acetato de celulose e o poliacetato de vinilo, que passou a ser o material usado na indústria fonográfica para a produção de discos.
A partir de 1933, três investigadores da ICI descobriram o polietileno; em 1934 W. Carothers patenteou o nylon, uma poliamida em resultado de um trabalho de investigação pioneiro em reacções de policondensação baseado nas ideias de Staudinger.
A primeira extrusora de parafuso para processar termoplásticos foi construída em 1935 na Paul Toester Maschinenfabrik
A partir da Segunda guerra mundial acelera-se a produção de polímeros sintéticos ( tetraflouretileno, epóxidos e o ABS), já na década de 40, foram produzidos o polietileno linear, o polipropileno, o poliacetal… .
Na década de 70 surgiram polímeros de engenharia com propriedades especiais, como o polisulfureto de fenileno, e nos anos 80 os polímeros cristalinos líquidos.
Presentemente a produção e comercialização de novos polímeros é extremamente difícil e cara, o desenvolvimento de novos materiais de engenharia, pela mistura de 2 ou mais polímeros ou a modificação de plásticos já existentes, é certamente a alternativa mais comum e promissora.