TECNOLOGIAS

A evolução tecnológica na Indústria de Moldes ao longo da sua vida tem sido constante, tal facto deve-se à natural evolução dos equipamentos e ferramentas ao longo dos tempos, à pressão natural da complexidade dos tipos de produtos a serem executados e à crescente e agressiva competitividade manifestada neste sector.
Qualquer empresa de moldes independentemente da sua dimensão e estrutura, confronta-se hoje em dia com a necessidade de estar muito atenta à evolução tecnológica e traçar estratégias claras de constante actualização das tecnologias existentes, renovando o seu parque de máquinas e respectivas ferramentas. Uma outra necessidade inevitável é, sem dúvida, de pessoal formado para rentabilizar os meios. Só, deste modo, a empresa conseguirá assumir e manter a sua cota de mercado.

Resumo da evolução das tecnologias na indústria de moldes ao longo dos tempos

Até final dos anos 50:

  Uso do limador e do torno como máquinas fundamentais do processo produtivo.
  Máquinas convencionais (pouco versáteis).
  Ferramentas, em grande parte feitas na empresa, particularmente as utilizadas na gravura.
  Termina com a implantação da fresadora como máquina fundamental no processo produtivo.

Até final dos anos 60:

  Máquinas convencionais mais versáteis.
  Expansão da Fresadora.
  Diminuição da importância do Limador.
  Manutenção da importância do Torno no processo produtivo.
  Difusão do Engenho de Furar e da Copiadora.
  Aparecimento da Rectificadora Plana.
  Ferramentas, em grande parte feitas na empresa, particularmente as utilizadas na gravura.
  Esta década termina com a implantação da Electroerosão

Até final dos anos 70:

  Importância da Mandriladora e Ponteadora.
  Máquinas convencionais (grande versatilidade).
  Novas ferramentas.
  Reforço do papel da fresadora.
  Reforço do papel da copiadora.
  Aparecimento necessário do sector de modelação.
  Diminuição da importância do torno como máquina fundamental no processo produtivo.
  Reforço do papel das rectificadoras (planas, cilíndricas e de interiores).
  Aparecimento e expansão das electroerosadoras.
  Aparecimento das primeiras máquinas programadas (CN).
  Este período termina com a introdução das máquinas de comando numérico nas Empresas de moldes em Portugal.

Até final dos anos 80:

  Introdução de máquinas de comando numérico (CNC) e sistemas integrados (CNC e CAD/CAM).
  Menor importância da ponteadora (processo lento – tendente a ser substituído com recurso a novas ferramentas e máquinas mais potentes e fiáveis – nova geração de fresadoras).

A partir dos anos 90:

  Renovação do parque de máquinas na indústria – substituição de máquinas convencionais por máquinas de comando numérico (CNC) – aumento significativo de máquinas CNC implantadas.
  Substituição de grande percentagem dos Estiradores ainda existentes por sistemas de CAD.
  Expansão do CAD/CAM nas empresas.
  Reforço do Planeamento, Controlo e Gestão da Produção por computador.
  Intensificação da preparação do trabalho (nomeadamente preparação das ferramentas antecipadamente).
  Utilização da prototipagem rápida.
  Implantação de máquinas de alta velocidade (centros de maquinação CNC).

Independentemente do nível tecnológico da empresa a tecnologia de corte por arranque de apara é uma ciência complexa na medida em que, por um lado o processo não consiste no corte puro mas sim no arranque (deslizamento cristalino) do material, por outro lado concorrem para esta complexidade uma grande quantidade de variáveis tais como:

  Características da peça a maquinar (desenho);
  Material da peça;
  Ferramenta;
  Máquina onde se vai executar a operação;
  Condições de corte;
  Lubrificante/Refrigerante;
  Condições de estabilidade (vibrações);
  Temperaturas e atritos provenientes do corte;
  Qualidade dimensional e superficial pretendidas;
  Desgaste e vida da ferramenta.

A conjugação harmoniosa de todos estes factores determina o custo óptimo de produção. Estas variáveis funcionam como os vários instrumentos de uma orquestra, se um estiver desafinado os outros irão também desafinar e o resultado certamente não vai ser o esperado.

Índice Remissivo

Tecnologia de Corte
 Introdução
 Corte de Arranque de Apara
Ferramentas de Corte
 Introdução
 Materiais Usados nas Ferramentas de Corte
Aços Rápidos
Carbonetos Metálicos
Cermets
 Fabrico das Pastilhas de Metal Duro
Introdução ao CNC
 CNC versus Convencional
 Funcionamento das Fresadoras Convencional e CNC
 Sistemas de Coordenadas
 Funções e Blocos
 Procedimentos de Programação
 Compensação da Ferramenta
 Programas Principais e Sub-programas
Técnicas Avançadas de CNC
 Apresentação
 Conceitos Fundamentais
Variáveis
Operações Aritméticas e Lógicas
Declarações de Controle
Observações Gerais
 Chamada de Macros
Chamada Simples (G65)
Chamada Modal (G66)
 Exemplos Comentados 
Utilização Genérica das Variáveis Locais e Globais
Círculo de Furos para Parafusos
Simulação do Ciclo Fixo G81
Caixa rectangular com inclinação – Heidenhain
Cavidade esférica – Heidenhain
Ciclo G83 por chamada com G65
Fresagem helicoidal – Heidenhain
“Ciclo” para Caixas Simples para Records – ISO
Macro para cálculo do ângulo e distância entre 2 pontos – ISO
Caixas Múltiplas para Records (“Rasgadas”)
Maquinação a 5 Eixos – Capacidades e limitações 
Maquinação a Altas Prestações 
Prototipagem Rápida