BICOS DE INJECÇÃO

Tem por finalidade conduzir o material, de forma isotérmica, desde o distribuidor até à entrada para a cavidade. Requisitos de um bico de injecção:

  • Capacidade de conduzir o material até à entrada da cavidade (ponto de injecção), de forma isotérmica e de modo a que a entrada não solidifique.
  • Proceder à separação térmica entre o distribuidor e o molde. Este não deve sofrer uma subida indevida de temperatura na zona da entrada.
  • Facilitar a separação entre a matéria fluida do canal e a peça solidificada.
  • Garantir a estanquicidade entre os pontos de transição, canal bico => bico cavidade.

Do ponto de vista de aquecimento, os bicos de injecção podem dividir-se em dois grupos:

  • Bicos de condução, não têm aquecimento próprio e a transmissão de calor é feita por condução a partir do distribuidor, figura 19.
  • Bicos de aquecimento, têm aquecimento próprio que pode ser interno ou externo, por meio de resistências eléctricas, figura 20
Figura 19 Bico de Condução Figura 20 Bico com aquecimento

Dois dos htmectos construtivos importantes a considerar nos bicos de injecção, são: a condutibilidade térmica dos materiais a utilizar e a geometria das ponteiras do bico. O gráfico 2, representa a condutibilidade térmica de alguns dos materiais, utilizados no fabrico de bicos de injecção para moldes com canais aquecidos.

Gráfico 2 Condutibilidade térmica dos materiais

A figura 21, representa um bico de injecção com ponteira intermutável, cuja concepção tem em vista a rentabilização dos materiais utilizados, tirando partido da sua condutibilidade térmica.

Figura 21 Bico de injecção com ponteira intermutável

A figura 22, ilustra de forma clara, o histórico da temperatura ao longo de um bico de injecção aquecido, onde são visíveis os pontos de maiores perdas de calor(pontos de contacto), assim como o htmecto que uma resistência pode apresentar quando aquecida.

Figura 22 Histórico da temperatura num bico de injecção

A decisão entre um bico de condução ou um bico aquecido, está relacionada, entre outros htmectos, com a distância entre o distribuidor e a cavidade.
Assim, pode tomar-se como ponto de partida para esta decisão, a relação:

Lmáx <= 2 × d
Lmáx
Distância entre o distribuidor e a cavidade a injectar
d
Diâmetro do bico na zona de contacto com o distribuidor

Esta relação deve ser respeitada para o caso de bicos de condução. Para distâncias superiores devem ser utilizados bicos com aquecimento próprio.

De acordo com a diversidade de especificações, os bicos de injecção também podem ser classificados quanto ao tipo de injecção, em dois grupos:

  • Bicos abertos
  • Bicos com válvula de fecho (“Valve-gate”)

BICOS ABERTOS

As figuras 23, 24, 25 e 26, apresentam exemplos significativos do tipo de bicos abertos.

Figura 23 Bicos abertos Figura 24 Bicos abertos com pontas

 

Figura 25 Bicos abertos para injecção múltipla Figura 26 Bicos abertos para injecção lateral

BICOS COM VÁLVULA DE FECHO

Os bicos com válvula de fecho podem tomar duas configurações: bicos com válvula de sede cónica e bicos com válvula desede cilíndrica. Os primeiros são os mais divulgados na indústria de moldes de injecção, mas a experiência diz-nos que, em muitos casos, os segundos são mais vantajosos devido ao tipo de ajustamento utilizado e à garantia de fecho, que proporcionam na maioria das situações. Este tipo de bicos apresentam, para além de outras vantagens, uma boa solução quando a cosmética é uma propriedade requerida.

O sistema de accionamento utilizado é, de uma forma geral, hidráulico ou pneumático. As figuras 27 e 28, apresentam a sequência de funcionamento de bicos com válvula de fecho dos dois tipos referidos anteriormente.

Figura 27 Bico com válvula de fecho
Figura 28 Válvulas com sede cónica e cilíndrica