O controlo da temperatura nos moldes para injecção de matérias plásticas é feito por intermédio de termopares.
O objectivo fundamental do controlo da temperatura é garantir, como já foi referido anteriormente, a condução das matérias plásticas desde o bico de injecção da unidade injectora, até à entrada da cavidade do molde, de forma isotérmica e sem que ocorra degradação do material a injectar.
Constitui uma preocupação do projectista de moldes de injecção, a localização estratégica dos termopares, visto que, a qualidade das peças a moldar está dependente da eficácia do controlo de tempertura efectuado.
O par termoeléctrico Ferro–Constantan, de referência tipo “J”, é o que melhor satisfaz o rigor exigido no controlo da temperatura dos moldes de injecção de plásticos.
Comparativamente, este é o termopar que desenvolve diferenças de potencial mais elevadas, por cada grau centigrado de aumento de temperatura, sendo portanto um dos mais sensíveis. Estes valores estão compreendidos entre –7,66mV e 49,98mV, a que corresponde uma gama de temperaturas entre os – 200ºC e os + 800ºC, o que lhe empresta também alguma versatilidade.
Por exemplo, os pares platina/platina-10% ródio e platina/platina13% ródio, cuja gama de temperaturas está compreendida entre os 0ºC e os 1700ºC desenvolvem uma diferença de potencial compreendida entre os 0,055mV e os 20,090mV, donde podemos concluir que, para além de outros factores, o termopar tipo “J”, referido anteriormente, é um dos mais representativos na indústria em referência.
A figura 34 ilustra a aplicação e localização de termopares em bicos de injecção, podendo ver-se na ilustração da esquerda a simulação do material plástico a fluir ao longo do canal de alimentação.
Localização de um termopar |
A figura ilustra a localização estratégica de um termopar num distribuidor para um molde com canais aquecidos.
CUIDADOS A TER NA MONTAGEM DOS TERMOPARES
Normalmente são utilizados na indústria de moldes, dois tipos de termopares: os isolados e os não isolados, tipo”Grounded”. Os termopares isolados são menos sensíveis, pois que o contacto com o molde é feito através do material do isolamento. Quanto aos termopares não isolados, mais sensíveis, dado que a ponta do termopar contacta directamente com o molde, devendo , neste caso, o molde estar devidamente ligado à terra garantindo a sua continuidade.
A forma como deve ser colocado o termopar é importante, pois da sua correcta colocação depende o êxito da leitura. Assim, devemos ter sempre o cuidado de não cortar nem deteriorar a extremidade de leitura do termopar e garantir que, no acto da montagem, este fique em perfeito contacto com o fundo do furo onde se encontra alojado.
Ainda no acto da montagem do molde, devemo-nos certificar se o termopar se encontra devidamente ajustado e se o isolamento dos condutores de ligação se encontra em bom estado, pois que, caso contrário pode ficar comprometido o rigor da leitura.