I – INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como finalidade principal o estabelecimento de uma regra que permita uma comum caracterização, designação e numeração dos diversos componentes utilizados na indústria de moldes.
Ainda que a dispersão geográfica da Indústria Portuguesa de moldes não seja grande, verifica-se frequentemente que várias designações são dadas às mesmas peças, o que dificulta muitas vezes a correcta identificação das mesmas, quando não mesmo, o entendimento do que se pretende explicar.
É neste sentido, e após um pequeno esforço de unificar as classificações e numerações já existentes ao nível de muitas empresas, através de normas criadas por algumas e por aplicação prática mas não sistematizada por outras, que se propõe que o conjunto das classificações seguintes sejam, de agora em diante, adoptadas como norma de indústria.
Ao elaborarmos este projecto de norma tivemos como preocupação principal o ajustar da realidade já existente a uma norma própria.
Para evitar os mal entendidos é necessária a existência de documentos comuns e permanentes, a que todos possam fazer referência, eliminando a confusão e estabelecendo uma cooperação horizontal e linguagem comum ao nível, não só das diversas Secções de Desenho e Projecto, mas também a todos os níveis da Produção e até mesmo dos Clientes.
II – NUMERAÇAO E DESIGNAÇÃO DE COMPONENTES DE MOLDE
Barra de Transporte | ||
Chapa de Aperto da Injecção | ||
Chapa das Cavidades | ||
Chapa das Buchas | ||
Chapa de Reforço das Buchas | ||
Calço | ||
Calço | ||
Chapa dos Extractores | ||
Chapa de Aperto dos Extractores | ||
Chapa de Aperto da Extracção | ||
Chapa Móvel da Injecção | ||
Chapa Extractora | ||
Suporte | ||
Suporte | ||
Suporte | ||
Suporte | ||
Guia Principal | ||
Guia | ||
Guia | ||
Guia | ||
Guia Inclinada | ||
Guia Inclinada | ||
Guia Inclinada | ||
Guia das Chapas Extractoras | ||
Guia das Chapas Extractoras | ||
Casquilho da Guia Principal | ||
Casquilho | ||
Casquilho | ||
Casquilho | ||
Casquilho da Guia das Chapas Extractoras | ||
Perno de Retorno | ||
Perno de Retorno | ||
Anel de Centragem | ||
Injector Principal | ||
Anel de Ajuste do Injector | ||
Injector Secundário | ||
Injector Secundário | ||
Injector Secundário | ||
Torpedo | ||
Torpedo | ||
Torpedo | ||
Limitador de Curso | ||
Limitador de Curso | ||
Limitador de Curso | ||
Limitador de Curso | ||
Limitador de Curso | ||
Barra de Prisão | ||
Deslizador da Barra de Prisão | ||
Travamento/Cavidade | ||
Travamento/Bucha | ||
Barra de Fecho | ||
Barra de Fecho | ||
Bloco de Encosto | ||
Bloco de Encosto | ||
Bloco de Encosto | ||
Bloco de Encosto | ||
Chapa de Ajuste | ||
Chapa de Ajuste | ||
Chapa de Ajuste | ||
Chapa de Ajuste | ||
Chapa de Ajuste | ||
Barra de Deslize | ||
Barra de Deslize | ||
Barra de Deslize | ||
Barra de Deslize | ||
Barra de Deslize | ||
Barra Limite | ||
Barra Limite | ||
Barra Limite | ||
Barra Limite | ||
Carburador (Distribuidor) | ||
Perno Carburador | ||
Espassador Carburador | ||
Espassador Carburador | ||
Espassador Carburador | ||
Haste Extractora | ||
Perno de Prisão | ||
Perno de Prisão | ||
Perno de Prisão | ||
Casquilho do Perno de Prisão | ||
Elemento Móvel | ||
Elemento Móvel | ||
Elemento Móvel | ||
Elemento Móvel | ||
Elemento Móvel | ||
Elemento Móvel | ||
Aro Extractor | ||
Aro Extractor | ||
Aro Extractor | ||
Aro Extractor | ||
Separador ( Injecção / Extracção) | ||
Cavidades | ||
Postiço das Cavidades | ||
Postiço das Cavidades | ||
Postiço das Cavidades | ||
Postiço do Postiço das Cavidades | ||
Postiço do Postiço das Cavidades | ||
Postiço do Postiço das Cavidades | ||
Buchas | ||
Postiços das Buchas | ||
Postiços das Buchas | ||
Postiços das Buchas etc. | ||
Postiço do Postiço das Buchas | ||
Extractor Fixo | ||
Extractor Tubular | ||
Extractor Balancé | ||
Ligações de Refrigeração | ||
Peças não incluídas na presente lista |
III – REGRAS GERAIS
2.1 – Todos os moldes devem ser referenciados por um número cronológico, número este que deve ter quatro algarismos, sendo o primeiro diferente de zero, com vista a facilitar eventual tratamento informático. Exemplo: Molde N.º 1075 |
|
2.2 – Todos os moldes devem ter designação, isto é, devem ser designados pelo nome da peça ou conjunto de peças que se pretendem obter a partir dele. Exemplo: Molde para «CAIXA DE TELEVISOR 887» |
|
2.3 – Todos os desenhos de Molde devem incluir uma legenda (lista de materiais) na qual devem constar todos os seus componentes devidamente referenciados: – Número próprio – Designação – Quantidade – Dimensões principais – Material ou referência de “stock” – Tratamento térmico – Escala e limites de dureza (Ver Anexo 1) |
|
2.4 – Os acessórios normais, tais como: – Cavilhas – Extractores – Parafusos – Tampões – Records – Botões de encosto – Molas – Vedantes – Etc., Ou especiais: – Cilindros hidráulicos ou pneumáticos – Mecanismos de fecho – Mecanismos de retorno de extracção – Motores – Etc., poderão dispensar a sua inclusão na legenda de forma numerada, mas devem contudo fazer parte desta com o objective principal de controlo e referência de componentes quer pelo desenhador e produção, quer pelo utilizador do molde (Ver Anexo l ). |
|
2.5 – Os Postiços que porventura venham a ser considerados no projecto e construção do molde devem ser sempre numerados e referenciados em correspondência directa com o componente principal a que dizem respeito. Exemplo: 100A – Postiço da Cavidade 100B – Postiço da Cavidade 100A/1 – Postiço do Postiço 100A 100A/2 – Postiço do Postiço 100A 80A – Postiço do Elemento Móvel 80A/1 – Postiço do Postiço 80A Etc. |
|
2.6 – Todas as peças componentes, quando fabricadas na empresa, deverão ser devidamente identificadas, através de marcações que deverão permanecer visíveis desde a fase de início de fabrico. | |
2.6.1 – Como parte integrante da identificação das peças devem constar: – Nº da peça – Nº do molde – Especificação do material |
|
2.6.2 – Sempre que a dimensão e a forma da peça o permitam esta identificação deve ser feita em pequena caixa, própria para este fim. (Ver Folha VIII). | |
2.6.3 – Dado que esta caixa deve ser executada após a primeira operação de maquinação, isto é, de facejamento (também chamada de «galgamento») ou de «torneamento» a sua localização deve ser determinada de forma a não interferir com outras operações de maquinação posterior ou com qualquer htmecto funcional da peça em questão. |
EXEMPLOS
Exemplo para Peças Paralelipipédicas |
Exemplo para Peças Cilíndricas |
Exemplo para Estruturas |
FIGURAS
Figura 1 |
Figura 2 |
Figura 3 |
Figura 4 |
Figura 5 |
Figura 6 |
ANEXO I
Joaquim Menezes, 1983
1º Congresso da Indústria de Moldes – Cefamol